Linha Galaxy S23 terá apenas processadores Snapdragon, indica QualcommMediaTek Dimensity 9200 tem suposta ficha técnica completa vazada

O anúncio do término da certificação ocorre quase 7 meses após a parceria que as duas gigantes estabeleceram para conferir a compatibilidade das novas memórias com plataformas Snapdragon. No meio do processo, a Samsung anunciou que, graças à colaboração com a Qualcomm e forte integração entre RAM e chipset, a velocidade original de 7,5 Gbps divulgada durante o anúncio da LPDDR5X no ano passado havia subido para 8,5 Gbps, e a capacidade máxima para 64 GB. A nova velocidade representa um dos maiores saltos de um tipo para outro de memória, representando uma taxa de transferência 2,1 Gbps maior que os 6,4 Gbps do LPDDR5, avanço grande o suficiente para ser similar ao de uma geração para outra — trata-se de uma vantagem de 13,33% sobre o plano original da gigante sul-coreana, e impressionantes 33% frente à LPDDR5 tradicional. Na prática, a validação significa que devemos ver celulares com chips Snapdragon estrearem as novas memórias muito em breve. Considerando o período, são fortes as chances de que smartphones premium com o ainda não anunciado Snapdragon 8 Gen 2, previstos para chegarem ao mercado entre novembro e dezembro deste ano, já contarão com a RAM turbinada. “[…] Somos os primeiros na indústria mobile a habilitar a nova LPDDR5X rodando a 8,5 Gbps nas plataformas móveis Snapdragon, o que vai aprimorar as experiências de usuário com novos recursos e performance ampliada para aplicações mobile, games, câmera e IA”, afirmou o vice-presidente de gerência de produtos da Qualcomm, Ziad Asghar. Apesar do foco na linha Snapdragon, os avanços também devem beneficiar outros setores.

LPDDR5X também deve turbinar notebooks e carros

A sigla LPDDR refere-se a “Low Power DDR”, uma versão de baixo consumo da RAM DDR tradicional utilizada por eletrônicos modernos. Além de mais eficiente, esse formato de memória costuma ser mais veloz que sua contraparte tradicional, mas tem um ponto negativo: a necessidade de ser soldada à placa-mãe do dispositivo. Esse é um empecilho principalmente para computadores, onde é comum haver módulos para expansão rápida. Dito isso, as memórias LPDDR encontraram bastante espaço nos smartphones e veículos autônomos, e até mesmo em servidores e ultrabooks, aparelhos que exigem o máximo de economia de espaço e de energia. Esses segmentos devem se beneficiar não apenas da maior velocidade, como também da capacidade — é muito mais provável que vejamos notebooks compactos e data centers atingirem o limite de 64 GB. A Samsung não deu prazos precisos para quando veremos a LPDDR5X ser amplamente disponibilizada no mercado, mas considerando as constantes afirmações de que o processo de validação realizado com a Qualcomm adiantou “o processo de desenvolvimento em um ano”, é provável que outros dispositivos equipados com a novidade comecem a surgir já nas próximas semanas. Fonte: Samsung