Por que o possível retorno do Google à China é tão polêmico

Em um evento realizado na segunda-feira (15) pela Wired, o executivo confirmou que a empresa iniciou o projeto interno conhecido como Dragonfly. Segundo ele, o objetivo era testar uma ferramenta que estivesse de acordo com todas as restrições impostas pelo governo chinês.

O Google seria obrigado a restringir o acesso às páginas banidas, o que inclui alguns sites de oponentes políticos, estudos acadêmicos e notícias. Na prática, o resultado do projeto seria uma versão censurada do buscador. Os planos renderam críticas até mesmo de funcionários da empresa, que chegaram a elaborar uma carta aberta pedindo mais transparência sobre os projetos. O documento destacava que eles não possuem o necessário para “tomar decisões eticamente informadas sobre nosso trabalho”. Pichai não confirmou se o Google realmente voltará a oferecer seu buscador na China, mas disse que a empresa seria capaz de “atender mais de 99% das buscas”. “Há muitas, muitas áreas em que poderíamos fornecer informações melhores do que as disponíveis”, afirmou. No entanto, ele disse que a empresa ainda deseja pesar as condições impostas para conseguir atuar no gigante asiático. “Sentimos que era importante para nós explorar”, afirmou. “Essa é a razão pela qual fizemos o proejto interno”.

Segundo Pichai, o objetivo era “saber como seria se o Google estivesse na China”. Pichai também disse que a empresa está sempre equilibrando seus valores para dar acesso à informação, liberdade de expressão e privacidade aos usuários. E ainda relacionou a missão do Google de “fornecer informação para todos” com a importância da China, que possui 20% da população mundial. Para alcançar esse objetivo, porém, a empresa terá de seguir a legislação chinesa com todas as suas restrições. Com informações: CNET, TechCrunch.

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