Entre os modelos disponíveis na promoção estava o Mi 8 Lite, com processador octa-core Snapdragon 660, até 6 GB de RAM, até 128 GB de armazenamento e câmeras de 24 megapixels (frontal) e 12+5 megapixels (traseira). Na China, o aparelho é vendido pelo equivalente a US$ 200. Uma oferta por menos de 1% do preço original soava excelente, mas algumas trapalhadas fizeram o caso repercutir negativamente. Para começar, a Xiaomi não divulgou quantos aparelhos estariam disponíveis. O número também não foi publicado pela mídia, o que indica que a empresa omitiu a informação no comunicado à imprensa. Por quê? Talvez porque os consumidores ficariam bem menos empolgados: a BBC descobriu, após rolar a página até o fim, clicar em um link de termos e condições e rolar até o meio do texto, que havia… três celulares.

O número é baixo mesmo para as promoções relâmpago da empresa, em que milhares de unidades são vendidas a um preço muito inferior ao normalmente praticado. A Xiaomi já havia feito algo semelhante na Espanha, onde estreou em 2017; ainda assim, a oferta de smartphones por 1 euro (R$ 4,26) envolvia 50 unidades. A polêmica aumentou quando o usuário Phil Williams publicou no Twitter uma análise do código-fonte da página da promoção. Ele descobriu que o site foi programado para mostrar a mensagem de que os celulares haviam esgotado assim que a contagem regressiva terminasse — sem sequer consultar o estoque para verificar se, de fato, os aparelhos já haviam sido vendidos.

— Phil Williams (@phil_williams81) November 9, 2018 Isso fez com que os usuários acusassem a Xiaomi de fazer uma promoção falsa. Em resposta, a empresa disse que, na verdade, os celulares seriam vendidos em uma espécie de “loteria”: os usuários que clicassem no botão em um tempo pré-definido seriam sorteados para, então, ganharem o direito de comprar o Mi 8 Lite a 1 libra esterlina. Esse detalhe contradiz os termos e condições da promoção, que estabeleciam que o celular seria de quem chegasse primeiro. A autoridade reguladora de publicidade no Reino Unido, equivalente ao nosso Conar, recebeu reclamações sobre a promoção da Xiaomi e está decidindo se investigará o caso. De qualquer forma, parece que a primeira impressão da fabricante no país não foi das melhores.

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